Arquivo para novembro, 2008

Os sobreviventes se lembram.

Posted in Memórias de Guerra, Segunda Guerra Mundial on novembro 30, 2008 by ccmaximus

O United States Holocaust Memorial Museum tem no Youtube uma série de depoimentos gravados em vídeo com veteranos das divisões americanas e sobreviventes dos campos de concentração. No vídeo acima, o veterano James Rose da 42.a Divisão de Infantaria conta como ele percebeu que estava lutando na guerra certa.

“Nova História Militar Brasileira” e a “história militar não ocidental”.

Posted in Nova História Militar, Novas Dimensões da História Militar on novembro 28, 2008 by ccmaximus

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3686/is_/ai_n29330799

Essa resenha do livro lançado no final de 2004 contém um comentário sobre o ótimo artigo de Pedro Puntoni dedicado à guerra no Brasil colonial. O resenhista compara o “modo brasileiro de guerra” com os problemas enfrentados pelos colonos ingleses na América do Norte. Ele também poderia ter se lembrado que os insurgentes americanos, ao combaterem as tropas britânicas durante a Guerra dos Sete Anos no final do século XVIII, também se utilizaram de técnicas absorvidas de ameríndios.

A história militar “não ocidental” talvez não seja tão “não ocidental” como se pensa?

“Desconstruindo” os heróis…

Posted in Saiu na imprensa... on novembro 26, 2008 by ccmaximus

Eu em azul…

 

INÁCIO ARAUJO – Folhapress

A Espiã (hoje, às 21h, no Telecine Pipoca) e O Resgate do Soldado Ryan (hoje, às 22h40, no Telecine Premium) são filmes de guerra com destinos diferentes.
O primeiro, que marcou o retorno de Paul Verhoeven à Holanda, foi recebido com muitas restrições, em parte devido ao hábito adquirido com o tempo de, em matéria de cinema, só acreditarmos no não crível. Ali temos a história de uma jovem judia que toma parte na Resistência, sem por isso deixar de se aproximar de um nazista.
O segundo, ao contrário, causou grande impressão, sobretudo pela cena inicial, do desembarque na Normandia. O que abriu caminho para uma operação de guerra (o resgate, justamente) em que Spielberg mostra uma visão bastante tradicional da guerra, como lugar de grandes heroísmos.

Vejamos. Este crítico da FSP se auto elegeu como juiz da coragem dos soldados que lutaram na Normandia. Então desembarcar na praia de Omaha, enfrentar toda uma divisão de infantaria alemã, pular de pára-quedas sobre a França ocupada e destruir panzers com granadas de mão não é heroísmo? Sei, sei. É claro que isso só aconteceu nos filmes. Afinal, os EUA perderam a Segunda Guerra, não é mesmo?

Vá e Veja – finalmente em DVD

Posted in Filmes on novembro 24, 2008 by ccmaximus

vaeveja_capavalendofinalHá algumas semanas topei com o DVD do “Vá e Veja” de Elem Klimov em uma livraria de São Paulo. Só neste ano, eu tinha feito diversas referências ao filme durante aulas, mas infelizmente sem a chance de exibir ao menos algumas seqüências para a classe de história contemporânea. O que se podia fazer era recomendar a procura de alguns trechos no Youtube – um dos quais está sonorizado com a lancinante sinfonia de Henryk Gorécki composta para o Levante de 1944 em Varsóvia. Um dos aspectos mais importantes do filme é que ele trata do genocídio nazista sem abordar os campos de concentração e extermínio – o filme mostra um dos Einsatzgruppen em ação na Bielo-Rússia durante 1943. A ocupação nazista estava em seu segundo ano, e ainda faltariam incontáveis meses para a expulsão dos alemães do território da URSS. Bom, o filme é um violento golpe na cara do espectador. Os integrantes do Einsatzgruppen foram caracterizados com uma verossimilhança assustadora. Sua atuação no extermínio do vilarejo não é metódica, nem indiferente ou profissional. É uma orgia embalada em vodka e MG42. Klimov foi eficaz ao representar o comportamento dos grupos de extermínio nazistas: não se tratou de mostrar os alemães como robôs insensíveis, mas sim evidenciar o prazer extraído em participar dos massacres. E aí o filme se torna um dos mais inquietantes registros sobre a memória da Segunda Guerra nos países que sofreram ocupação nazista, especialmente na Europa oriental. Não que não tenham ocorrido atrocidades na França e Itália ocupadas, mas pensar na perturbadora quantidade de aldeias soviéticas sistematicamente eliminadas pelos Einstazgruppen podem fazer alguém ficar sem dormir por dois ou três dias. O filme termina com um letreiro informativo do total de aldeias massacradas na Bielo-Rússia: 628. Isso sem pensarmos na Rússia, Ucrânia, Lituânia, Estônia…

A cena final é um acerto de contas entre o grupo guerrilheiro do protagonista e alguns sobreviventes do Einsatzgruppen. Os guerrilheiros russos não chegam a queimar os alemães vivos. Basta passá-los pelas armas. O comunismo pode ter sido brutal, mas é um erro equipará-lo à crueldade do nazismo.

05/12 – Mesa redonda no Encontro do NEHO-USP

Posted in Textos on novembro 16, 2008 by ccmaximus

http://www.encontroneho2008.blogspot.com/

Haverá uma mesa temática sobre História Oral e Militares no dia 05/12 às 16:00 horas.

Os Caminhos de Um Pracinha finalmente em mãos.

Posted in História da FEB, Memórias de Guerra on novembro 14, 2008 by ccmaximus

Demorou mas consegui pegar minha cópia do livro. Pela primeira vez os textos de Vicente Pedroso da Cruz foram reunidos em um único volume. De cara, o livro já se torna uma das mais importantes memórias de guerra da FEB. A tiragem incial é de 500 exemplares, número que certamente não será suficiente para suprir a crescente demanda por informações acuradas sobre a participação brasileira na guerra. Pelo que tudo indica, uma edição comercial está a caminho.

Alemães na FEB

Posted in História da FEB on novembro 14, 2008 by ccmaximus

“Os Soldados Alemães de Vargas”, de Dennison de Oliveira.

Este é o primeiro trabalho sobre os descendentes de alemães incorporados à FEB. Como os teuto-americanos no US Army (talvez até 25% do contingente total durante a Segunda Guerra), foram combater os soldados da pátria dos pais e avôs.

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http://www.jurua.com.br/shop_detalhe.asp?id=20845