Arquivo para julho, 2011

Sol Invictus – The Killing Tide

Posted in Textos on julho 30, 2011 by ccmaximus

Erika – em versão remasterizada.

Posted in Segunda Guerra Mundial on julho 29, 2011 by ccmaximus

Fotos do War & Peace Show 2011

Posted in Segunda Guerra Mundial on julho 21, 2011 by ccmaximus

Fotos sequestradas da Internet. Vale a pena ir nesse encontro uma vez na vida:

Primeira Guerra em cores

Posted in Memórias de Guerra, Primeira Guerra Mundial - The Great War on julho 13, 2011 by ccmaximus

É curioso ver esses Poilus em cores. O site que originalmente continha várias fotos em cores da Frente Ocidental em 1917/18 foi retirado do ar, mas algumas das imagens podem ser vistas aqui:

http://www.worldwaronecolorphotos.com/index.html

John Wayne, where are you?

Posted in É só pena que voa, Filmes, Segunda Guerra Mundial on julho 12, 2011 by ccmaximus

Neste mundo da pós-modernidade todo mundo quer ter uma história triste para contar, elas são especialmente populares em países Ocidentais e seus apêndices. Uma versão bem disseminada fala de um opressor, e ele invariavelmente se parece comigo.

Eu também tenho uma história triste: estou ficando careca, meu joelho esquerdo também está pifando, tenho uma dor de cabeça permanente e uma pilha de contas para pagar!

Mas isso não é nada perto do que o filme “Corações Sujos” quer que você acredite a respeito de como o Brasil oprime e discrimina imigrantes: se formos nos basear neste promo do filme, então coitadinhos dos caras da Shindo Renmei, eles só queriam implantar o Império do Sol Nascente nas colônias japonesas do nosso sertão mas caíram do cavalo, não é mesmo?

Nada demais em um país que acabara de perder 2.000 vidas, entre militares e civis, lutando contra o Eixo.

A sinopse do filme informa que a “colônia japonesa no Brasil foi discriminada e oprimida”. Bom, a colônia japonesa que eu conheço se tornou um dos grupos de imigrantes socialmente mais bem sucedidos no Brasil! Deve haver algo de errado com essa informação sobre “opressão”, ou senão seriam os niseis que estariam por aí hoje em dia pedindo cotas.

Destaque para a forma bestial como o soldado brasileiro é representado – quase leva a concluir que os racistas éramos nós, brasileiros. Bom, já que o assunto hoje foi cinema nacional, está na hora de ligar a TV a cabo e assistir algum filme americano, com sorte está passando “Sands of Iwo Jima”, boa noite.

Uma visita ao Invalides

Posted in Textos on julho 3, 2011 by ccmaximus

Um amigo visitou o Invalides. Ele me escreve:

“Fui aos Invalides para visitar a coleção das maquetes de Vauban.

Eh uma sala imensa, no quarto andar, com reproduções de terrenos com
3-5 metros de lado, e as maquetes em cima. Sobe-se uma pequena escada
para chegar. Da uma sensaçao de importancia e solenidade. A iluminação
é precaria, para proteção. A maioria das maquetes é de fortificações
do litoral; inclusive tem uma do Monte Saint Michel, perfeita, como
todas elas. Estão dentro de cubos de vidro e pode-se dar a volta para
enxergar todos os angulos. Se me lembro bem, tem Saint Malo, ou Saint
Lo. Pensei: “Que interessante! Fizeram as maquetes dos castelos.” Dai
a verdade assombrosa me atropelou: as maquetes foram feitas ANTES dos
castelos, no século XVII, e ficavam na sala de guerra do Rei, em
Versalhes. Eram usadas para estudo e decisões de estratégia, além
obviamente de orientar a construção. São também o antecedente dos
jogos de guerra por computador e dos kriegspiel dos alemães – ou seja,
um mapa em alto relevo da situação de guerra. Isso em 1600!!! As
maquetes têm 300 anos!!!

Dai me sentei na cadeira do guarda, que ficou me olhando, para esperar
a livraria abrir. Inclusive chegou um outro guarda e ficou me olhando
também. Eu olhei para eles e ficou por isso mesmo. Eis que vem um
tropel pela escada e surgem 40 crianças de todas as cores e raças;
inclusive aquela gente loira e de olhos azuis que inventou a crise, no
dizer categorico dos grandes burros, entre eles o quadrupede que nos
dirige; todas ai pelos 10 anos no maximo, com três professores. Atras
da livraria tem outra exposição, com maquetes de ataques a
fortificações. A professora, uma garotinha de menos de trinta anos,
disse, repito, disse, não gritou, “silence, s’il vous plait”. A isso
se seguiu um silêncio verdadeiramente civilizado. Alias, a civilização
é silenciosa; os barbaros e selvagens gostam de gritar. E aquela
menininha começou a explicar a visita que as crianças, prestando
grande atenção, iriam fazer. Isso na porta da livraria; todo mundo
entrou em seguida e so se ouvia a voz da professora. E a segunda
verdade assombrosa me derrubou: “daqui a 30 minutos, essas crianças de
10 anos vao saber o que eu levei 62 anos para descobrir”!!! E essa
professora sabe de tudo!!! Sera que ela sabe que esta transmitindo 2
000 anos de civilização??? Como é que ninguém me contou isso antes?

E a terceira verdade assombrosa me detonou: nunca, repito, NUNCA,
vamos chegar a isso. Nao temos professores, nem museus, nem escola,
nem um sistema de transporte como o que leva as crianças com
segurança, nem nada, para fazer coisa igual. So temos mesmo o Tião que
ensina aritmética (que ele diz que é matematica e todos acreditam, mas
nao faz diferença, porque ninguém sabe mesmo de nada) debaixo da
mangueira, oh, que original, e temos também o Paulo Freire para pregar
a educação libertadora baseada nos “saberes” da realidade imediata.
Ah, sim, a realidade de fazer pau a pique e viola de coxo. Ah, sim,
temos também a revista Veja e a rede Globo com 400 projetos para
refazer o Brasil, nenhum deles operacional.

Que pena. Visitem Paris de vez em quando. E uma cidade muito bonita de
se olhar.”

Moral Combat 1 X Fumaça Humana 0

Posted in Livros, Segunda Guerra Mundial on julho 2, 2011 by ccmaximus

“Moral Combat” não é um livro que irá trazer novas informações sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas ele reajusta de forma salutar algumas idéias que têm sido formadas nestes tempos de moralidade cinzenta, ignorante das verdades que todos conheciam em épocas mais próximas da guerra. Michael Burleigh trata do conflito nos termos totalizantes que faziam sentido na década de 1940, mas que se perderam em momento mais recente: havia um lado certo e bom, outro torpe e perverso. O lado bom precisou sacrificar seus princípios para derrotar o adversário, que era indiferente ao apaziguamento e ao diálogo, e que entendia a guerra como um instrumento de renovação e purificação social e espiritual.

Por incrível que pareça, hoje em dia é preciso explicar que o apaziguamento de Neville Chamberlain não surgiu de pusilanimidade, mas do espectro tenebroso da então recente Primeira Guerra Mundial – Burleigh pode não revelar grandes novidades, mas é útil a informação contida no livro de que o primo e melhor amigo do Primeiro Ministro foi um dentre as centenas de milhares de britânicos esfacelados nas trincheiras da França em 1916. Alguns professores universitários de história e de relações internacionais aqui do Brasil deveriam ler um pouco sobre Verdun e o Somme, se quiserem entender direito a década de 1930.

“O Bem e o Mal” durante a Segunda Guerra é o subtítulo do livro de Burleigh. Os críticos que celebraram refugo do tipo do “Fumaça Humana” parecem viver no tempo pré-1939 em que o Führer alemão ainda era chamado de “Herr Hitler” na imprensa Ocidental, uma incógnita cuja capacidade de matar e destruir era até então desconhecida. Burleigh revela ter escrito o “Moral Combat” como uma resposta direta ao “Fumaça Humana”, mas é uma pena que seu trabalho não tenha merecido a mesma atenção do que a excrescência de Nicholson Baker aqui no Brasil. Mais provável que nossos resenhistas considerem Burleigh um historiador “maniqueísta”, se chegarem a ler a orelha do livro antes de escrever a seu respeito.