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Companhias de Petrechos Pesados na Segunda Guerra Mundial

Posted in Textos on março 14, 2015 by ccmaximus

O apoio de fogo foi fundamental nos combates de infantaria durante a Segunda Guerra Mundial. Cada exército dispunha de sua própria maneira de organizar o armamento de apoio em suas unidades. No Exército Americano, essas armas eram conhecidas como “heavy weapons”. O Exército Brasileiro adotava a terminologia de “petrechos” para se referir a elas. Com a doutrina militar americana adotada pela Força Expedicionária Brasileira, cada regimento de Infantaria composto por três batalhões era acompanhado por três “companhias de petrechos pesados” nos combates.

Assim,

O I Batalhão era acompanhado pela CPPI;

O II Batalhão pela CPPII;

O III Batalhão pela CPPIII.

Cada uma dessas companhias era dividida em três pelotões:

-Dois pelotões de metralhadoras pesadas Browning M1917 A1 calibre .30 refrigeradas a água, cada uma com quatro peças;

-Um pelotão de morteiros 81mm com seis peças.

O efetivo de uma companhia de petrechos pesados girava em torno de 160 homens. Na imagem, um morteiro de 81mm pertencente a uma das companhias de petrechos pesados da FEB é municiada com uma granada de alto explosivo durante a Defensiva de Inverno, 1945.

Os veteranos se referem freqüentemente à eficácia do morteiro 81mm no combate de montanha. Não há praticamente nenhum depoimento ou livro de memória que não os mencione, sempre associado à sua capacidade de atingir a infantaria inimiga. O alcance da granada de 81mm podia chegar a até 3.000 metros, dependendo da carga utilizada.

Abaixo: morteiro americano de 81mm, modelo Stokes-Brandt, de desenho britânico e adotado por vários países durante a guerra.

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